Por: Guilherme Freitas
Se a moda é a construção de trilogias, 007 - Quantum of Solace é um bom capítulo do meio da nova reinvenção do agente secreto mais famoso do mundo. Pela primeira vez na série, encontramos James Bond minutos depois do término do linga anterior, em perseguição violenta na Itália, após atirar no Sr. White(Jesper Christensen). É o começo de uma jornada de vingança que foi deixada por Cassino Royale, servindo como uma boa sequência para calar aqueles que reclamaram da falta de ação na estréia de Daniel Craig como 007. Aqui, não há tempo para respirar. Há perseguições incríveis de carros, lanchas a pé e até de aviões. Há braços quebrados e veias perfuradas. Há acrobacias e explosões. Há M(Judi Dench) em diálogos hilários. Há um Bond descontrolado próximo do ponto de ficar irreconhecível.
Enquanto existe um respeito necessário pelo clima realista e uma predileção pela pancadaria no estilo Jason Bourne, o roteiro de Paul Haggis com mais duas pessoas é de uma simplicidade incrível: Bond tenta descobrir os responsáveis pela morte da amada Vésper e, em furia, sai apagando todas as conexões sem muito tato ou tática.
Até descobrir que um empresário(Mathieu Amalric) é o chefão de uma organização(a tal Quantum do título) que derruba e levante ditadores pelo mundo. O encontro com outra alma em busca de sangue(Olga Kurylenko - na minha opnião, muito sem graça em relação a Bond girl do filme anterior) até aciona um molho, mas não é a intenção do diretor Marc Foster - o que é incrível, vindo de quem fez Em Busca da Terra do Nunca.
O objetivo de Quantum of Solace é divertir sem grandes reviravoltas e apresentar um sistema de poderosos inimigos que devem encarar de frente o espião no (óbvio) terceiro capítulo.
Nada mal, mas pode usar o cérebro junto com os músculos na mesma intensidade da próxima vez, Bond, James Bond.
NOTA: 8
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